Querida Ciça, Que coisas mais bonitas você escreveu sobre o Monge e o Passarinho! A cúpula da página de abertura é baseada na de uma capela dentro da catedral de Toledo, perto do pátio interno. Esta capela tem só uma parte ainda pintada. A outra caiu e está rebocada. Meu desenho está longe de ser fiel. Rebati, acho que dá para ver, não? Mas se fiz referências aos tetos do Athaide e os passarinho da Nossa Senhora do Ó em Sabará, que sempre me impressionaram, foram inconscientes. Na verdade a história do monge é um conto tradicional em Portugal e Espanha. Em Portugal tem até o convento ou igreja "onde aconteceu" mas não fui e já não me lembro mais onde era. Passei um tempo longo na Espanha entre uma conferência numa feira e uma Oficina. Coloquei fotos da Oficina no Face hoje, por coincidência. Fiquei uns 20 dias visitando regiões que já conhecia mal mal e que pensava que me ajudariam a fazer o livro. Viajando meio ao acaso. E escutei o conto de gente de lá! Foto fotografia-mesma, não usei nenhuma integralmente, embora tenha tirado muitas. Fiz colagens, pedaço de uma igreja dentro de outra, e redesenhei tudo. Anotei no meio de alguns desenhos as referências, mas só dá para ver na tela, bem ampliado. Onde tem uma porta caindo aos pedaços, por exemplo, Segóvia e Toledo. Escolha algumas ilustrações e te mando em Photoshop. Acho que vai ser melhor você mesma ampliar no seu computador para ver. As flores são do meu jardim. Fotografadas e desenhadas. Sabe que tenho um jardim no quarto andar, não é? Não sei se quando você veio aqui já estava pronto para receber árvores de médio porte. Com direito a goiabas apanhadas na hora, acredita a maravilha? Uma coisa que pode ajudar a discussão: o livro "O conhecimento secreto" do David Hockeney. A Cosac publicou. Se você ainda não leu vale a pena. Já estava fazendo o Monge -- ou já tinha feito -- quando me presentearam com ele. E me reassegurou muito do caminho escolhido. Voltando às perguntas. Tudo era importante para mim, tudo fazia um sentido que não sei explicar. Quando vi a cúpula, era aquela. Tinha que ser aquela. Mas não podia fotografar. O guarda ficou me vigiando. Voltei outra vez, levei um caderno de desenho, lápis, e me acomodei por lá. O guarda deu uma saída e fotografei bem depressa. Tudo meio abençoado, sabe? Na outra capela, havia um casamento chique e importante, e me misturei com os fotógrafos. Os cabelos brancos devem ter me ajudado e não me puseram para fora. Em Segóvia, capela dentro da catedral de Segóvia. Mas como tem partes inventadas, podem ter vindo sem querer as referências que você fala. Fiz o livro no Brasil, impregnada de Brasil também, claro. Mas certamente tem isso do mundo de hoje, as outras escritas não ocidentais por exemplo nos cartazes. Escrevi para parecer chinês. Na hora que o monge volta. Pensei: daqui a 300 anos e a China, hem? Será o novo império? Vamos conversando. Mais uma vez, obrigada. Bom carnaval.

















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"Um livro de horas", Editora Scipione. Apenas 24 poemas de Emily Dickinson… Mas como foi difícil traduzí-la.
Secondo Johnson il "mold" del quinto verso va inteso come "pictorial representation", nel senso usato da ED in una lettera a Higginson del luglio 1862 (L268), che inizia con una riposta a quella che doveva essere stata una richiesta di Higginson: "Could you believe me - without? I had no portrait, now, but am small, like the Wren, and my Hair is bold, like the Chestnut Bur - and my eyes, like the Sherry in the Glass, that the Guest leaves - Would this do just as well? / It often alarms Father - He says Death might occur, and he has Molds of all the rest - but has no Mold of me, but I noticed the Quick wore off those things, in a few days, and forestall the dishonor - You will think no caprice of me -" (Giuseppe Ierolli)

















Saiu pela Melhoramentos a nova edição do meu ABC Doido. Gostava da edição antiga, formato 15 x 15cm, com uma página dobrada e a resposta da adivinha escondida. Esta é menos cara, produção mais simples. E tem as letras do novo alfabeto. A editora desenhou as capas internas, orelhas, créditos e colocou os selos. Desenhei o resto, usando as ilustrações da primeira edição. Modifiquei o mínimo possível. Uma lição: refazer o trabalho para atender a outra demanda que não a minha. Algo talvez se perdeu, alguma coisa deve ter ficado melhor. E o livro chegará certamente a um número maior de leitores. Isso importa. Tomara que as crianças sigam gostando do livro e também da página com animações  e histórias interativas.